Por solidariedade, amizade,e principalmente por obrigação, fui visita-lo ao hospital.
Acometido por doença súbita, teve que "ir à faca" e ficar privado de um dos orgãos que fazem parte, normalmente, dum ser humano.
Correu tudo muito bem, o Jorge está pronto para outra, mas, depois de acordar da anestesia, teve duas preocupações. A primeira foi percorrer o corpo com as mãos e verificar se SÓ LHE TINHAM EXTRAÍDO o orgão em causa...e, a segunda, foi saber quanto tempo teria que estar de quarentena...
Quanto à primeira, de imediato ficou descansado...
Sobre a segunda foi-lhe dito que, pelo menos um mês, seria necessário que evitasse certos "jogos florais" para não estragar a cicatriz...
Procurei confortá-lo, acho que está mentalizado para isso, e também lhe fui dizendo que, nestes próximos dias, vai ficar a saber o que custa ser velho...
Por fim, e para o animar mais um pouco, dar-lhe algum moral porque sofre "como um cão", tal como eu, pelo glorioso Sp. de Braga, disse-lhe do jeito que daria a transferênia de pontos da cicatriz da operação cirúrgica para a classificação do nosso Clube...
Força Rita, e nunca te esqueças que "HÁ SEMPRE MAIS MARÉS QUE ARROZ DE GRELOS"!
N.B -O título deste delírio foi extraído (tal como o teu apêndice o foi) não do teu corpo, mas duma canção de que muito gosto, interpretada por Jorge Palma. O cantor que me perdoe a ousadia.
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