quinta-feira, 30 de agosto de 2007

...Gostos e... desgostos...

O tempo não tem estado grande coisa para ir a banhos e, (felizmente) muito menos para os pirómanos, os incendiários que, regra geral, sofrem todos de perturbações mentais...

O bom e o mau dum Verão que contraria as previsões mas, bem vistas as coisas , não podia ser de outra forma, tais as agressões a que tem estado estado sujeito este velho planeta, quando se fala em questões ambientais.

A mãe-natureza , por enquanto, como qualquer boa mãe , sem olhar às asneiras dos filhos, procura e vai conseguindo resistir a tudo. Ora ,como há sempre uma primeira vez, um dia poderá começar o princípio do fim.

Não pretendo ser mais interventivo que um All Gore ou um Leonardo di Caprio que, agora deram em descobrir a pólvora e dizer que "isto está mau" saindo a terreiro para defender aquilo que não tem defesa...

Tem estado um tempo esquisito. Nem Verão, nem o calor , nem o bronze dos amantes das praias...(valha-os os solários, até que a pele estale).

Confesso que, a minha prioridade, em férias nunca foi a areia, a praia, as multidões desabridas e despassaradas , com as consequentes agressões daqueles que, frente ao mar, regressam às origens da irracionalidade, esquecendo as regras básicas da convivência, do civismo, da boa cxriação.

Já não abundam, felizmente e também é verdade, os distraídos que fazem das nossas praias autênticas etares (estações de tratamentos de resíduos sólidos e... líquidos)... Mas ainda somos capazes de levar com um osso de frango na cara, tropeçar numa lata de "Coca-Cola" ou sujar os calções no resto de um refogado .

Não refiro outro tipo de "agressões" como ser surpreendido por uma bola de futebol que esbarra no "OLÁ" que estamos a saborear ou ficarmos tonto, motivados pela surdez do parceiro do lado que nos ataca com a batida do seu "Hi-Fi". Já sermos salpicados por umas quantas "pezadas" de areia pelo "maratonista " que quer abater
as banhas e tem os mínimos para conseguir até às olimpíadas, é tão trivial como termos que dividir a nossa privacidade/intimidade com os mirones profissionais que aproveitam as praias para "ganhar ânimo" e esquecer as frustrações que vivem em casa.

Nunca direi , radicalmente:- NÃO GOSTO DE PRAIA ! Gosto, por exemplo, duma praia que fica aqui perto e que, para além de "vários atractivos", tem a enorme vantagem de podermos encontrar pessoas que, por mais procuradas durante o ano, só aí somos capazes de as ver...(afinal, um bom sítio para os cobradores de fraque).

De resto, gosto de paria no inverno. A natureza fica mais ELA , é mais "NATURAL"... Menos poluição sonora, menos povo, menos cães abnadonados pelos donos, cafés com mesas vagas, preços mais baixos e inúmeras casa de negócios às moscas, porque as férias foram gozadas "à grande e à francesa". Quem vier atrás que feche a porta, menos as dos Bancos...para o próximo empréstimo...

Gosto da praia, à noite...é dos poucos sítios onde, hoje por hoje, se pode ver estrelas sem sermos agredidos ou atacados por um bando de desordeiros ou amantes da vida fácil que se multiplicam à velocidade da luz .

Gosto de praia quando chove...porque, normalmente estão desertas e são, por momentos "só nossas", a água da chuva é muito mais limpa que aquela que está infestada de submarinos (não aqueles que Paulo Portas comprou com o nossos dinheiro)...

Enfim, tenho os meus gostos, como qualquer comum mortal. Que serão aceitáveis os esquisitos como o tempo meteorológico que foi acontecendo. Afinal, o tempo que a mãe-natureza é obrigada a oferecer aos seus desnaturados filhos... Mas, a grande satisfação, e essa ninguém ma tira, é saber que os soldados da paz têm tido mais descanso e que as nossas florestas, por agora, ainda não têm projectos urbanísticos metidos em gavetas entreabertas de alguns gabinetes...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

...Há lampiões assim...

Senhor presidente !
Afinal que bicho lhe terá mordido?
Despede o treinador à 1ª jornada quando, a fazê-lo, seria no final da época passada.
Compra jogadores por catálogo e vídeo que até agora nada mostraram ( apesar de ter que se dar tempo ao tempo, é bem verdade), ficando sempre a dúvida se justificarão o sacrificio financeiro. Destes, alguns vêm lesionados não se sabendo quando estarão operacionais...

Depois, deixa (ou teria mesmo que deixar?) sair "pedras" imprescindíveis e com serviços prestados em prol do bom nome do clube.
Não consegue argumentos para manter o "rato atómico", que ficou eternamente grato ao Benfica pela possibilidade de se poder curar de algumas maselas enquanto águia (embora com golos pelo meio), partindo, depois, fino e são como um pêro,para o país natal...
Não satisfeito, importa mais dois jovens "promissores" do Uruguai e abre a porta a um central e até a um ponta de lança (tipo Drogba) para reforçar ainda mais o plantel e satisfazer a vontade a Camacho.
Enfim ,assim, vai perdendo a cotação que os benfiquistas, orgulhosamente, iam vendo subir na luta que tem travado contra os "infieis"...
Tudo isto, também, depois de ter apregoado, alto e bom som que o plantel era o melhor dos últimos 10 anos. Só se for em quantidade ... E, cúmulo dos cúmulos, os melhores reforços, foram pescados na equipa de juniores...
Fico na expectativa para ver como será na reabertura do mercado, em Janeiro e onde irá colocar tantos eqívocos. Belisquem-me, pois quero acreditar que tudo isto é um pesadelo e que, amanhã, 4ª feira europeia, tudo o que acima fica escrito, não passa de um simples desabafo de quem sofre mais que aquilo que parece...

PS- Gosto muito do azul do céu e do verde do mar, mas gosto muito mais da cor que me corre nas veias, ou não fosse um bracarense dos bons e dos antigos...

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

...No Mundo do"fala" só...

Hoje, 24 de Agosto, é dia de S. Bartolomeu. Apóstolo, um dos 12. Alguns pormenores identificam-no como Natanael. A tradição diz que pregou na Índia (Arménia), Egipto e noutros locais... sendo esfolado vivo, de cabeça para baixo.
Fica a data, o registo, o repeito dos crentes...
Por estas bandas, dizem , que neste dia, de S. Bartolomeu, anda o diabo à solta...
Neste dia, algures numa praia, é costume levar-se as crianças para tomar banho de mar, vestidas, para afugentar o demo...
Posto tudo isto como notas introdutórias, espanta-me verificar que, cada vez há mais gente a falar só!!!
Quando miúdo, este fenómeno era explicado pelos mais velhos com uma resposta muito simples sobre quem coversava com os seus botões: -"Ou está a falar com o mafarrico ou, então, tem dinheiro escondido, quem sabe, enterrado em qualquer parte do seu quintal..."
Nunca acreditei nessas explicações e decorridos tantos anos, as vozes solitárias, em surdina, aumentaram, sem que me aperceba que possa haver motivo para que se enterre dinheiro e , muito menos, tenha pacto com o cujo dito...
Vou assistindo a alguns monólogos, na rua quando, por exemplo passa o "eterno feminino, provocante,como uma tentação de satanás, ouço alguns a trautear canções em voga, oiço sons esquisitos que, vozes não são... Enfim, rumores e desabafos vão sendo habituais onde exista movimento humano.
É fenomeno que, repito, cresce a olhos vistos. Haverá explicações científicas para isso, acredito que sim.
Fala-se "´SÓ", `a cautela, porque na maioria dos casos nunca sabemos com quem, mesmo conhecido ou dito amigo, quer seja em ajuntamentos, no dia a dia profissional, em convívios, em qualquer manifestação. Também se fala" SÓ", rezando..., deixando para este particular todo e o merecido respeito, e sem o mínimo comentário.
Certo é que, falando ou não, acompanhado, também se torna estranho que muitos sinais exteriores de riqueza apareçam sem explicação, e o"povo" diga à boca pequena :-"Vá lá ter dinheiro pró diabo que o carregue! Até parece que tem pacto com o"ele", ou então, o dinheiro que enterrou foi bem semeado e melhor colhido". E, o povo, sempre se diz, na sua enorme sabedoria, tem sempre razão. Fala-se "só" porque , em casa a mulher não deixa, pois parace um diabo de saias, mas também isso acontece, numa altura em que a solidão se torna coisa cada vez mais evidente, e em que as tentações mundanas nos tornam cada vez mais egoístas, com medo de que a nossa consciência não concorde com os diálogos que com ela travamos....
Hoje, 24 de Agosto, dia de S.Bartolomeu, é sexta-feira, não é dia 13, e o "cacará", apesar de tudo, pode querer pregar-nos uma partida e obrigar-nos mesmo a falar com os nossos botões, nem que seja para dizer meia dúzia de palavrões...

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

...Conversas vadias...

Conversas vadias, não são mais que meras conjecturas ou até alguns desabafos sobre tudo e sobre pouco mais que nada. Assim sendo, é melhor ficarmos, periòdicamente , no meio termo , porque, o povo, na sua enorme sabedoria sempre disse que, é no meio, que está a virtude.
Virtudes e defeitos todos temos! Já, aqui, no meio termo, não se chega a conclusão alguma. Ou se é boa pessoa ou não prestamos como gente.
Curiosamente, hoje, dia zero para estas e outras conversas vadias, não estou com inspiração, muito menos vontade de falar seja sobre o que quer que seja...
Política, leviandades, desportos sem desportivismo, actualidades, coisas corriqueiras ou até coisas sérias, tudo em nome da vontade de comentar, criticar, dizer qualquer coisa, escrever por escrever...Mas hoje, amigos (posso tratar-vos assim?), nem inspiraçao e muito menos transpiração...Inspiração, porque acordei cedo de mais e a más horas e com pouco tempo para dar descanso ao esqueleto. Transpiração, felizmente, porque este Verão adormeceu ano passado e ainda não despertou dessa letargia.
Neste espaço, pretendo não ser, e acima de tudo, maçador. Quando achar que o serei, procurarei a profissão de padeiro - com o devido respeito pelos ditos-pois acordo de madrugada e amasso o "pão que o diabo quis" mas nunca deixei que comesse. Resisti-lhe quase sempre e, quando não o consegui, foi a horas em que o pão nunca consegue substituir o vinho. Também não pretendo protagonismos, porque esta terra abençoada já tem figuras proeminentes, e principalmente muitos figurões...
Neste espaço, garantiram-me tenho a liberdade que quiser, mas sòmente a liberdasde de ser livre de pensamento. Ora, como normalmente eu - e todos- pensamos alto e com bom som, ou somos doidos ou passamos a vida a conversar sòzinhos, para ninguém. Acho, até que esta situação será preferencialmente direccionada aos eruditos, aos iluminados. Aqueles para quem o sentido de humor ou qualquer tentativa nesse sentido, possa acontecer, seja da gentalha , dos pobres de espírito e de... euros.
Acredito que vai ser facílimo entenderem as minhas ideias. Creio que nos poderemos tornar assíduos desta espaço enorme como é a tal liberdade de pensamento. Tenho a certeza, portanto, que quando nos encontrarmos, teremos sempre um olá e os votos de um bom dia pela frente, correndo todos o risco de ficarmos a perceber o mesmo.
Só mesmo aqueles que possam estar de má fé, não perceberão o alcance daquilo que aqui é dito. Só mesmo quem não gosta da liberdade ou de poder delirar dentro dela (a liberdade) deixará, pelo menos o benefício da dúvida. Portanto...
Se , no final destas despretenciosas ideias gente houver que fique a perceber o mesmo, é sinal que dedicaram alguns minutos a lê-las , facto que me deixa FELIZ E REALIZADO....

terça-feira, 21 de agosto de 2007

...ESPELHO MEU...

Quando me vi ao espelho, hoje, bem cedinho, quase de madrugada para uns, talvez tardíssimo para outros, não gostei das imagem que estava do outro lado. Achei que, aquela cara, a do parceiro que tinha acabado de entrar na mesma realidade, não podia ser a de uma pessoa feliz. Não muito com a sua felicidade, mas com a que muitos, diàriamente, procuravam e certamente nunca encontrariam...

Procurei ler-lhe os pensamentos e não foi difícil descobrir que, a noite anterior, tinha sido mal conseguida.

Pisquei-lhe o olho, com a melhor das intenções e, em troca, recebi um sorriso amarelo. Cumprimentei-o educadamente, para criar um pouco de ambiente e respondeu-me com um quase imperceptível "boa noite" bastante nublado, ou os olhos não estivessem ainda, na antecâmara da sonolência.Acabei, até, por chegar

à conclusão de que, o melhor era dar tempo ao tempo, deixá-lo por instantes e tratar da higiene corporal como que preparando a mesma entrada em cena do parceiro reflectido no vidro das vaidades.

Saber esperar, sempre foi uma das grandes virtudes de que o ser humano dispõe, mas raramente aproveita...Daí, num ápice, eu e o outro passarmos a ser unha com carne, figura e sombra, sempre sintonizados na mesma onda e comungando pràticamente, das mesmas ideias. Afinal, esperava-nos um dia

igual a tantos outros, os mesmos deveres , mas muitas mais obrigações, refeições doseadas para não criar colesterol e o aumento, inevitável, dos pneus abdominais, olhares fugidios para o que muitas vezes pensamos ser só dos outros mas
também pode ser nosso, o maldito relógio na sua marcha impiedosa à procura das horas certas e que ,erradamente , consideramos importantes, a bica para ajudar a sacudir o marasmo que se abate quando o cansaço aperta, a corrida aos "hipers" para gastar pouco e comprar muito(isso é que era bom...), e a ânsia de chegar a tempo do jogo do nosso glorioso, embora hoje por hoje , e neste caso , sejamos saudàvelmente masoquistas , porque a nossa vingança, quando chegar (?), ha-de ser terrível. E sempre com o colega do espelho à perna, ...querendo contrariar o que já não tem solução, discutindo em surdina a malfadada sorte de ter dormido a noite anterior com o turbo ligado...

-"Aguenta-te camarada, dizia-lhe, na vida não pode haver uma pessoa teimosa se não houver oposição, confronto de ideias e ideais, reacção àquilo que está mal e que , mesmo utòpicamente, esperamos e desejamos acabe bem...Se não querias ouvir isto, deixavas-te ficar no canto do espelho, a bocejar esperando melhor oportunidade para me acompanhar". "Agora, a música vai ser outra, porque ,de castigo, vais ter ocasião de ver outro reflector de imagens, bem mais real, muito mais cru e às vezes mais ignóbil que se chama TV. E , vais fazê-lo na minha inseparável companhia. Vais ter oportunidade de assistir ao mundo em directo que, quer queiras, quer não, te dará oportunidade de perguntares , amanhã, cedinho para uns, tarde demasiado para outros , mas bem a tempo e horas para nós dois (COMUNS MORTAIS) ao espelho que reflecte a nossa imagem , o seguinte:- ESPELHO MEU, ESPELHO MEU, AFINAL HÁ, OU NÃO , UM MUNDO PIOR QUE O MEU ???...

terça-feira, 14 de agosto de 2007

...Sinais dos tempos...

"Se bem me lembro..." Célebre programa da RTP , da autoria do saudoso Prof. Vitorino Nemésio, deixou, pelos menos , aos mais distraídos que o ouviam (?) a enorme sabedoria que espalhava nos seus monólogos, o título que ainda hoje, aqui e ali, serve para começar qualquer conversa...
E, se bem me lembro, hoje é 14 de Agosto, dia que me faz recuar 622 anos e lembrar-me da Batalha de Aljubarrota.
Quem fala sobre isso ? Quem conhece os factos se se for ao encontro das novas gerações? Quem lê a nossa História ?
Poucos , certamente, mas não os suficientes para a importância desta data, como de outras...
Hoje, é mais importante falar-se do jogo do Benfica com os dinamarqueses do F.C.Copenhaga ou da transferência de Manuel Fernandes o Everton, na Inglaterra , por sinal os nossos mais antigos e históricos aliados (em quê?)...do que falar de D.Nuno Álvares Pereira-Santo Condestável e da pesada derrota que infligiu aos nossos vizinhos espanhóis em 1385.
Afinal, espanhois, que sendo nuestro hermanos, e de aqui ao lado , vivem longe, muito longe , quando se fala EM QUALIDADE DE VIDA. E, há alguns séculos atrás, quem o poderia supor depois de termos dado novos mundos ao Mundo? Depois de termos "arrumado" de vez com os Filipes em 1 de Dezembro de 1640 ?
Lembram-se disso? Quem se lembrará ?Ou será que, apesar de tudo, Saramago falou por falar ou terá as suas razões para o fazer apesar de a sua leitura se uma seca para muitos ...E que diria Camões e ainda outros que tiveram a lembrança de falar da nossa História e recordar o 14 de Agosto?
Vamos tendo o que muitos merecem e vamo-nos intoxicando com aquilo que jornais, rádios e TVs nos dão como alimentação intelectual...

PS.- Apesar de tudo, tenho a certeza que um certo loucofeliz , tal como eu, já está a sofrer por causa do jogo do nosso glorioso, que vai começar daqui a pouco e poderá, também ficar na história , mas na de cada um...embora seja neste 14 de Agosto...

terça-feira, 7 de agosto de 2007

...QUERO FÉRIAS, EM SOSSEGO...

Gozar férias repartidas é moda que pegou de estaca. Desdobrar o período de descanso que por lei os trabalhadores têm direito, é habito que ganha cada vez raízes mais fortes, situação que dá campo de manobra aos ditos, ao patronato e a quem vende programas para as que possam ser gozadas cá dentro ou, se possível lá fora. Na conjuntura actual, só alguns se poderão dar ao luxo de o fazer como e onde quiserem. Dos outros, há os que recorrem às prestações ("tipo goze agora ,e pague depois, mesmo que os preços sejam o que menos importa) ficando, depois o resto,- os consciensiosos, os realistas, os visionários-, limitados , pràticamente , ao seu habitat natural.

É vê-los, conformados com a triste sina, frequentando os lugares do costume: o café, os cantinhos da má lingua, sentados nos bancos dos jardins públicos, encostados às esquinas, de férias, é verdade, mas dos instrumentos de trabalho e da rotina dos horários rígidos para cumprir.

Dei comigo, então a conversar com alguém sobre tudo e sobre nada, decorrendo duma dessas conversas algumas reflexões que levam sempre à mesma conclusão: Sendo como somos um país de pobres , mantemos muitas manias de ricos. Daí continuarmos, também, sem a propalada qualidade de vida que fomos deixando esvair-se como areia entre as mãos , quando puseram à nossa (?)- à minha não- disposição muitos milhões a fundo perdido

sem que tivessem sido aproveitados convenientemente.

Outos, souberam fazê-lo, "nós", NÃO!!!!!

Sendo assim, férias a sério é sinónimo de utopia, algo só possível no imaginário de cada um com a ajuda da propaganda que nos é "martelada" pelos media permanentemente, enervantemente...

Está dificil a vida. Que novidade!!! A retoma também foi de férias e nãosabemos quando volta... se é que algum dia voltará.

Passeios, lazeres, hoteis de muitas estrelas, resorts, aviões, transfers, isso, só para os ricos ou para os prestacionistas, para os sobre empregados, que também os há. (Alguém tem alguma coisa com isso?, seus invejosos)

É uma vida de cão, esta dos irremediàvelmente conformados e condenados a passarem férias, não cá dentro,

mas fora de quaisquer hipóteses, em lado nenhum. É que o bom senso e a boa educação, mandam que se pague ao merceeiro, ao padeiro, se calcem e vistam os filhos, se lhes dê a possibilidade de se cultivarem numa qualquer universidade, mesmo que o canudo para nada sirva porque não há emprego, embora lhes possa abrir mais a inteligência para distinguirem como a vida está cheia de dificuldades, armadilhas, jogadas rasteiras, jogos de poder...

Os convites ao consumismo são uma indesmentível realidade, cada vez mais palpável, avassaladora.

Claro que, quem puder concretizar esses sonhos, também terá feito muito por isso. Ainda bem. Nada contra...

Continuamos a ser pacientes, com Job, esperamos sempre, esperamos por novas, mas repetidas promessas. Continuamos à espera de novas eleições, à espera de novos e bem intencionados governantes. Só se deseja é que deixem de prometer o que não podem. Não prometam o céu, a quem nem a sua terra consegue conhecer, até nas férias.

Mas, mesmo que as férias que se "gozam" dos habituais horários ou dos instrumentos de trabalho possam ser feitas em segurança, em paz, em tolerância...Coisas estas que serão enormes benesses nesta sociedade, que por culpa de algém ou de alguns, é cada vez mais discriminatória e ainda mais extremada, então, ESTAR DE FÉRIAS JA É BOM !

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

...POSSO TER OPINIÃO ???...


Nestes delírios, que mais não são que desabafos ou estados de alma, hei-de referir, quase até à exaustão, palavras com a fome, a guerra, as prepotências, os oportunismos, as desigualdades sociais, a avareza, a preguiça, e gula, até o novo-riquismo, a bajulice, o "graxismo" e quejandos , bem como algumas palavras de ordem usadas e abusadas (ou será demais bater na na realidade das coisas?). Considero-me, por isso, e bastas vezes, um revoltado, um reaccionário...

Se não o fizer directa ou abertamente, dexá-lo-ei entender nas entrelinhas, nalgumas frases, nalguns delírios.

Porque durmo a sono solto (há excepções para confirmar as regras),

adormeço de primeira, pois nunca precisei de ser embalado por sedativos ou calmantes-e que me perdoe o deus Baco- sinto-me revoltadamente feliz, embora acorde, cedinho, mas em muitas ocasiões enojado por môr desses palavrões que servem de etiqueta a grande parte do nossa sociedade. Sou até capaz de advogar ideias de direita ou esquerda, desde que, e no meu sempre falível ponto de vista, se coadunem às realidades dos casos mais gritantes da conjuntura em que vivemos, desiquilibrada por uma balança onde há vários pesos e muitas medidas.

Serei uma voz no deserto, sei-o perfeitamente. Afinal como há muitas...

Sou uma voz que os camelos não querem ou não saberão ouvir... Sei que não vou endireitar o mundo, mais a mais, porque é achatado nos polos, afinal coisas de nascença, já que , quem torto nasce, tarde ou nunca ganha emenda.

Mas nesta forma de estar e com as virtudes e defeitos que as minhas ideias possam ser interpretadas, espero que, cívicamente, aceitem o direito a ter opinião.